sábado, 12 de maio de 2012

Racionais Mc’s – História Completa – Artigo Especial



História do Grupo:

Um dos principais grupos do rap nacional, os Racionais MC’s surgiram no final da década de 1980. A primeira gravação dos Racionais MC’s foi em 1988, quando o selo Zimbabwe Records (especializado em música negra) lançou a coletânea “Consciência Black”. Neste LP, apareceram os dois primeiros sucessos do grupo: “Pânico na Zona Sul” e “Tempos Difíceis”. Ambas canções apareceriam dois anos depois em Holocausto Urbano, primeiro disco solo do grupo de rap. No LP, o grupo de rap paulistano denuncia em suas letras o racismo e a miséria na periferia de São Paulo, marcada pela violência e pelo crime. O álbum tornou os Racionais MC’s bem conhecidos na periferia paulistana, o grupo fez uma série de shows pela Grande São Paulo. Ainda naquele ano, o conjunto fez dois na Febem.

Em 1991, os Racionais MC’s abriram para o show do pioneiro Public Enemy, um dos mais famosos grupos de hip hop americano, no Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo. A popularização na periferia de São Paulo fez com que os integrantes dos Racionais MC’s passassem a desenvolver trabalhos especialmente voltados para comunidades pobres, dentre os quais um projeto criado pela Secretaria Municipal de Educação de São Paulo, em que o conjunto realizou palestras em escolas sobre drogas, racismo, violência policial, entre outros temas. No final de 1992, foi lançado Escolha seu Caminho, segundo LP do grupo.

No ano seguinte, participaram do projeto “Música Negra em Ação”, realizado no Teatro das Nações em São Paulo, e gravaram o disco Raio x Brasil, terceiro disco do conjunto, lançado em uma festa na quadra da escola de samba Rosas de Ouro, para um público estimado de 10 mil pessoas. Canções deste disco como “Fim de Semana no Parque” e “Homem na Estrada” (ambas de Mano Brown) fizeram grande sucesso em bailes de rap e nas rádios do genêro em todo o país.

Principal atração do Rap no Vale, um concerto de rap realizado no final de 1994, no Vale do Anhangabaú (centro de São Paulo), e que terminou em confusão e quebra-quebra, os membros do grupo foram presos pela polícia sob acusação de incitação à violência – a violência policial é um tema freqüente nas letras do grupo. Ainda naquele ano, a gravadora Zimbabwe lançou a coletânea Racionais MC’s.

Populares, os Racionais MC’s participaram nos anos seguintes de vários concertos filantrópicos em benefício de HIV positivos, campanhas de agasalho e contra a fome, além de atuarem em protestos como o aniversário da Abolição dos Escravos no Brasil.

No final de 1997, foi lançado o disco Sobrevivendo no Inferno, pelo selo Cosa Nostra (do próprio grupo), que vendeu mais de 500 mil cópias. Dentre os grandes sucessos deste álbum estão “Diário de um Detento”, “Fórmula Mágica da Paz”, “Capítulo 4, Versículo 3″ e “Mágico de Oz”. Com esse disco, os Racionais MC’s deixavam de ser um fenômeno na periferia paulistana para fazer sucesso entre outros grupos sociais. Apesar disso, o grupo adotou uma postura antimídia. Um exemplo notório foi a cerimônia de premiação do Video Music Brasil, da MTV Brasil, quando Mano Brown provocou a plateia presente no evento, ao dizer que a mãe dele já teria lavado a roupa de muitos daqueles “boys”, e ressaltou que o público dos Racionais MC’s continuaria sendo o da periferia.

Continuam a se apresentar em clubes e quadras de escola de samba de comunidades carentes pelo Brasil. O disco chegou a marca de 500 mil cópias vendidas somente com distribuição do próprio grupo (nas bancas de jornal, bailes, clubes, quadras, shows e camelôs).

Em 2002, o grupo lançou Nada Como um Dia Após o Outro Dia, disco duplo que, assim como seu antecessor, foi bem recebido pela crítica. Entre os maiores sucessos estão “Vida Loka”, “Negro Drama”, “Jesus Chorou” e “Estilo Cachorro”. Em 2006, o grupo lançou 1000 Trutas, 1000 Tretas, primeiro DVD do grupo. Em 5 de maio de 2007, os Racionais fizeram um show na Virada Cultural de São Paulo, mas os fãs da banda entraram em confronto com os policiais transformando o evento em um campo de batalha (importante lembrar que o Racionais não apoia essas atitudes “Ridículo é ver os malandrão vândalo batendo no peito feio, fazendo escândalo” Dá Ponte Pra Cá, como diz em seus próprios sons). Desde então, a participação de grupos de rap no evento é minúsculo.

Atualmente, o grupo mantém parceria com outra banda de rap, Rosana Bronks, a qual faz show junto com os Racionais, já gravou um disco sobre a mesma gravadora (Cosa Nostra, gravadora independente cujo os donos são os proprios Racionais Mc’s) e tem participação especial em uma música, 1 Por Amor, 2 Por Dinheiro.

Segundo informações “não concretas” pela web o grupo foi reformulado, restando apenas Mano Brown e seu primo Ice Blue que fizeram uma parceria com o DJ Cia e lançaram em 2009 o CD “Tá na Chuva”
Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.


Discografia:



“Consciência Black (1988)”: O primeiro disco gravado pelo grupo, Racionais Mc’s participaram dessa coletânea em 88 que foi organizada pela Zimbabwe.

”Holocausto Urbano (1990)” : Músicas: Lado A “Pânico na Zona Sul” ”Beco Sem Saída” “Hey Boy” Lado B “Mulheres Vulgares” “Racistas Otários“ “Tempos Difíceis“.


“Escolha o Seu Caminho (1992)”: Músicas: 1. “Voz Ativa” 2. “Voz Ativa (Baile mix)” 3. “Voz Ativa (Capela)” 4. “Negro Limitado“.

“Raio – X Brasil (1993)”: Músicas: Lado A “Introdução” “Fim de Semana no Parque“ “Parte II” “Mano na Porta do Bar” Lado B “Homem na Estrada” “Júri Racional” “Fio da Navalha“ “Salve“.

“Racionais Mc’s (1994)” Músicas: ”Fim de Semana no Parque” ”Parte II” ”Mano na Porta do Bar” ”Homem na Estrada” ”Júri Racional” ”Fio da Navalha” ”Voz Ativa” ”Negro Limitado” ”Pânico na Zona Sul” ”Hey Boy” ”Mulheres Vulgares” ”Racistas Otários” ”Tempos Difíceis“.

“Sobrevivendo no Inferno (1997)“: Músicas: ”Jorge de Capadócia” ”Genesis (Intro)” ”Capítulo 4, Versículo 3” ”Tô ouvindo alguém me chamar” ”Rapaz comum” ”…” ”Diário de um detento” ”Periferia é periferia (Em qualquer lugar)” ”Qual mentira vou acreditar” ”Mágico de Oz” ”Fórmula mágica da paz” ”Salve“.

“Racionais Mc’s Ao Vivo (2001)”: Músicas: ”Brown (Fala, Pt. 1)” ”Abertura” ”Capítulo 4, Versículo 3” ”Qual Mentira Vou Acreditar?” ”Ice Blue (Fala)” ”Lenta” ”Tô Ouvindo Alguém Me Chamar” ”Edy Rock (Fala, Pt. 2)” ”Mágico de Oz” ”KL Jay (Fala)” ”Rapaz Comum” ”Diário de um Detento” ”Fórmula Mágica da Paz” ”Brown (Fala 2)” ”Grand Finale“.

“Nada Como Um Dia Após o Outro Dia (2002)”

Disco 1 (Chora Agora): ”Sou + Você” ”Vivão e Vivendo” ”V.L. (Intro)” ”Vida Loka I” ”Negro Drama” ”A Vítima” ”Na Fé Firmão” ”12 de Outubro” ”Eu Sou 157” ”A Vida é Desafio” ”1 Por Amor, 2 Por Dinheiro”

Disco 2 (Ri Depois): ”De Volta à Cena” ”Otus 500” ”Crime Vai e Vem” ”Jesus Chorou” ”Fone (Intro)” ”Estilo Cachorro” ”Vida Loka II” ”Expresso da Meia-Noite” ”Trutas e Quebradas” ”Da Ponte Pra Cá”

“1000 Trutas 1000 Tretas (2006)” Músicas: ”Fórmula Mágica da Paz” ”Negro Drama” ”Tô Ouvindo Alguém Me Chamar” ”Crime Vai e Vem” ”Da Ponte Pra Cá” ”Expresso da Meia-Noite” ”Eu Sou 157” ”Diário de um Detento” ”A Vida é Desafio” ”1 Por Amor, 2 Por Dinheiro” ”Vida Loka I” ”A Vítima” ”Jesus Chorou” ”Vida Loka II“.


“Tá na Chuva (2009)“: Músicas: ”Artigo 157” ”Canto de Oração e Oya” ”Mãos” ”Mulher Elétrica” ”O Jogo é Hoje” ”Quem Procura Acha” ”Tá Na Chuva“.

OBS: Há também a canção “Abenção Mamãe, Abenção Papai” Exclusiva do DVD que foi o 1º DVD do Grupo.

sábado, 31 de março de 2012

5 sons pioneiros do rap nacional

O hip hop chegou no Brasil nos anos 80, numa transição do que era o black power dos anos 70, para o que seria o rap nacional. B.boys, MC’s e alguns grafiteiros se reuniam no centro de São Paulo, perto da estação São Bento para dançar e trocar ideia sobre música. Em 1988, André Jung e Nasi, da banda Ira!, produziram a coletânea “Hip Hop Cultura de Rua” para o selo Eldorado. Foi o disco que lançou Thaíde e DJ Hum(com “Corpo Fechado”) e Mc Jack(de “A minha banana”). Algum tempo depois, sairia “Consciência Black” estrelando Racionais Mc’s e sua “Pânico na Zona Sul”. Um dos primeiros hits do movimento foi a ingênua e dançante “Nome de menina” de Pepeu. Junto com nomes como Código 13 e Athaliba e a Firma, ele fazia o hip hop revezar crítica social com músicas dançantes e animadas. Nélson Triunfo era o grande nome do break e, nos anos 90, a cena cresceria muito com várias bandas gravando discos em todos os estados do Brasil, principalmente depois da forcinha dada pela estreia de Gabriel, o Pensador – um branco de classe média que ajudou a popularizar o som entre todas os grupos sociais.
Quando eu fiz a lista dos 10 clássicos do rap nacional, meu critério foram músicas que foram importantes na época de seu lançamento, influenciaram outros grupos e ficaram na cabeça dos amantes do estilo até hoje. Mas faltaram alguns sons pioneiros, que hoje em dia não são mais tão lembrados, mas foram importantes por abrir caminho para tudo que veio depois. Desses, eu escolhi seis pra você curtir e relembrar. Aumente o som e divirta-se!

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

quinta-feira, 13 de maio de 2010

bairro de Guaianases



História

A formação do bairro de Guaianases é a mesma de Itaquera, ambos nascidos de aldeamentos indígenas e do esforço dos jesuítas na catequese. O aldeamento prosseguiu até 1920, com a extinção total dos índios. As terras logicamente foram "passadas" para brancos particulares.

No início, tornaram-se parada e pousada de viajantes e, como sempre, ergueu-se uma igreja. Dessa vez em homenagem a Santa Cruz do Lajeado (é como ficou conhecido: Lajeado). O local cresceu lentamente com a instalação de diversas olarias nas imediações e com a chegada dos trilhos da Estrada de Ferro Norte. A partir dos anos 40 o bairro se tornou mais populoso e em 1948 recebeu oficialmente o nome de Guaianases, que era a tribo que o habitava.

A grande população e a falta de indústrias no local deram fama a Guaianases de "bairro-dormitório".

Atualidade

Guaianases no extremo leste de São Paulo, já foi apontado como um dos bairros mais carentes da cidade, ao lado de Jardim Ângela, Grajaú, Pedreira, Campo Limpo, Jardim São Luís e Jardim Helena.[3]

Esses dados são alavancados, pois nesse periodo o distrito de "Cidade Tiradentes", ainda fazia parte da sub-prefeitura de Guaianases. Então o bairro agrupava toda esse região também, conhecida como uma das mais carentes da cidade. Uma região que por muitos anos fora esquecida pelas autoridades.

A região conta com distritos mais desenvolvidos, como a região central, e o Jardim São Paulo; que conta com duas faculdades, um Hospital Geral público, uma Escola Técnica, e casas de classe média-baixa.

Segundo dados da Fundação Seade no ano 2000, 60,2% dos chefes de família recebem no máximo três salários mínimos. Mais de 15% dos 400 mil moradores viviam em regiões invadidas (favelas), número mais alto que do município como um todo: 11%. A taxa de analfabetismo é de 7,7% quando a média da cidade é de 4,88% e as taxas de defasagem escolar também são altas, muito embora não faltem vagas nas escolas municipais da região, segundo a subprefeitura.

As condições sociais favorecem a violência. Uma outra pesquisa da Fundação Seade divulgada em 2004 colocou Guaianases entre os distritos com maior número de homicídios da capital, superando 85 para cada grupo de 100 mil habitantes (Considerando-se mortos dos distritos de Cidade Tiradentes e Lageado). A média de São Paulo ficou em 47, e os distritos menos violentos registraram números abaixo de 7 homicídios.

As favelas representam um caso mais complexo. A maioria das ocupações irregulares data de décadas atrás e boa parte das moradias já é de alvenaria. A solução seria, de acordo com a subprefeitura local, regularizar os espaços, especialmente no extremo do Jardim São Paulo, Fazenda Santa Etelvina e Passagem Funda.

Educação

O distrito conta com o CEU Jambeiro. Que possui três quadras poliesportivas, dois campos de futebol e três piscinas, além de telecentro e biblioteca, o CEU se transforma em um clube nos finais de semana e reúne até mil pessoas nos finais de semana mais quentes. O centro oferece ainda uma extensa programação cultural, com filmes, shows de música, teatro e campanhas de saúde voltadas à comunidade.

No CEU estudam mais de dois mil alunos, do ensino infantil até à 8ª série do ensino fundamental. Deste total 260 estudam em período integral. No tempo extra em que ficam no colégio os estudantes têm aulas de informática, xadrez e dança, entre outros.

Transporte

É servido pela linha 11 da CPTM, que dá acesso ao centro da Capital e aos município de Ferraz de Vasconcelos, Poá, Suzano e Mogi das Cruzes. Além disso, é servido por linhas municipais e intermunicipais de ônibus.

Notas e referências

A grafia Guaianazes, embora freqüente e usada por vezes até mesmo pelos governos municipal e estadual, é incorreta segundo as normas ortográficas em vigor. O nome da região origina-se no povo indígena Guaianás, do ramo caingangue, que habitava a região. MACHADO, José Pedro - Dicionário Onomástico Etimológico da Língua Portuguesa.